Argentinos saem às ruas em paralisação contra governo Milei

Nessa quarta-feira (24), milhares de pessoas foram às ruas da Argentina se manifestar contra o governo Milei. A mobilização faz parte de uma convocação feita pela Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), a maior central sindical do país sul-americano, de greve geral. Durante o ato, composto por várias categorias e partidos, os manifestantes gritaram “a pátria não se vende”, fazendo referência às medidas econômicas neoliberais anunciadas por Milei.

A greve está afetando diversos setores da Argentina, como saúde, educação, bancos, transporte, indústrias, aeroportos – centenas de voos já foram, inclusive, cancelados – e mais. Inicialmente, a greve foi convocada para durar apenas 12 horas, de meio-dia até meia-noite. Cabe ressaltar que essa é a maior manifestação contra Milei desde o começo de seu mandato.

O governo, por sua vez, está reagindo contra os protestos. Patrícia Bulrrich, ministra da Defesa da Argentina, condenou os atos, chamando os sindicalistas de “mafiosos” e “gerentes da pobreza”. Bulrrich também afirmou que “nenhuma greve” vai deter ou amedrontar o governo.

“NÃO HÁ GREVE QUE NOS IRÁ NOS DETER. Sindicalistas mafiosos, gestores da pobreza, juízes cúmplices e políticos corruptos, todos defendendo os seus privilégios, resistindo à mudança que a sociedade decidiu democraticamente e que o presidente lidera com determinação. Não há greve que nos pare, não há ameaça que nos intimide”, disse a chefe da Defesa em sua conta oficial no X (antigo Twitter).

Já Manuel Adorni, porta-voz do governo, disse, durante entrevista coletiva, que não há como dialogar com quem não quer que o país siga adiante. Adorni também reiterou, na ocasião, que “o dia será descontado” dos trabalhadores “estatais” que aderirem à greve, afirmando, de maneira contraditória, que “respeitamos o direito de parar” e “de manifestar-se”.

Confira, abaixo, fotos e vídeos das manifestações que ocorrem nessa quarta-feira: