A Polícia Militar de Tarcísio de Freitas (Republicanos) está perpetrando, neste momento, a segunda maior chacina da história do estado. Com cerca de 40 pessoas assassinadas, a ação da PM na Baixada Santista está aterrorizando os moradores da região, executando e torturando residentes de maneira completamente arbitrária.
Como se não bastasse esse banho de sangue, os agentes fascistas de Tarcísio invadiram os enterros de Jefferson Ramos Miranda e Leonel Andrade, amigos de infância que foram baleados e, segundo testemunhas, torturados até a morte no meio da rua no dia 9 de fevereiro.
De acordo com o jornal Brasil de Fato, parentes de Jefferson afirmaram que viaturas da ROTA rodeavam o cemitério no momento do ritual fúnebre. Além disso, um helicóptero da PM sobrevoou a área no momento do sepultamento.
O mesmo ocorreu durante o enterro de Peterson Xavier Nogueira, com viaturas a poucos metros dos familiares e amigos que tentavam se despedir.
“Além da ação truculenta que a gente conseguiu aferir que efetivamente está acontecendo, percebemos que pós ação truculenta, há um processo de aterrorização das pessoas e inibição para que não digam o que estão vivenciando”, afirma Claudio Silva, ouvidor da Polícia de São Paulo. Segundo ele, o vídeo em que policiais invadem o enterro de Emerson “é uma prova de intimidação concreta e contundente”.
“Além da invasão do cemitério durante o sepultamento, o que inclusive é um ato que contraria a legislação, familiares relatam que a polícia tem passado na casa das vítimas, que as casas têm sido reviradas”, alerta Dimitri Sales, presidente do Conselho Estadual de Direitos da Pessoa Humana (Condepe). “Uma das famílias chegou em casa e estava tudo fora do lugar, objetos quebrados”.