Convocados pela Central Única dos Trabalhadores no Rio Grande do Sul (CUT-RS), trabalhadores de Porto Alegre realizaram nesta terça-feira (1º), às 11h, um ato exigindo a redução da taxa básica de juros (Selic). Mantida em 13,75% desde agosto do ano passado, o juro real (juro nominal menos a inflação) brasileiro é o mais alto do mundo. Além da CUT, outras entidades representantes de partidos políticos de esquerda e movimentos populares participam do evento.
O ato faz parte da Campanha Nacional pela Redução dos Juros, que promete outra manifestação em frente à sede do Banco Central, na Rua 7 de Setembro, 586, no Centro Histórico de Porto Alegre. O ato desta terça-feira coincide com o primeiro dia da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), que anunciará no dia 2 a nova taxa de juros até a próxima reunião, prevista para novembro. Os manifestantes demandam também a saída imediata do presidente do BC, Roberto Campos Neto, nomeado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e com mandato até 31 de dezembro de 2024.
À frente do BC, Campos Neto tem se revelado um verdadeiro instrumento da direita para sabotar o governo Lula. Sua política monetária de juros elevados asfixia a atividade econômica, tornando o crédito para micro e pequenas empresas proibitivo, o que termina por contribuir para manter o desemprego elevado. Tudo isso enquanto remunera os banqueiros e demais setores mais ricos da sociedade com altas taxas de juros, pagos pelo povo. É um inimigo da classe trabalhadora que precisa ser posto para fora do comando do BC o quanto antes, através de uma ação enérgica dos trabalhadores e estudantes, para que o povo possa usufruir de mais salários, empregos e melhores condições de vida.