Na madrugada de domingo (28), dois homens foram assassinados em Guarujá, na Baixada Santista, após confrontos com a Polícia Militar. Trata-se da retomada da Operação Escudo no litoral paulista, tipo de operação desencadeada como uma forma de “vingança” após a morte de algum soldado da corporação fascista. Nesse caso, o “gatilho” foi a morte do soldado Marcelo Augusto da Silva, na madrugada de sexta-feira (26), em Cubatão.
A Secretaria da Segurança Pública (SSP) afirmou que a nova fase da operação em questão abrangerá cidades da Baixada Santista e do litoral sul.
Antes, na última quarta-feira (24), três pessoas foram assassinados em uma ação policial na Vila Nossa Senhora de Fátima, em São Vicente, que fica a menos de 50 quilômetros do Guarujá.
No primeiro caso, a história contada pela PM para justificar os assassinatos em questão é que os dois homens mortos estavam pilotando motocicletas em alta velocidade e, após se recusaram parar os veículos, eles sacaram armas de fogo contra os policiais. Registrou-se, portanto, as mortes como decorrentes de intervenção policial e excludente de ilicitude na Delegacia de Guarujá.
Entretanto, a chacina do Guarujá, que ocorreu em 2023, mostrou que esse tipo de justificativa não tem valor nenhum, já que, naquela ocasião, os policiais utilizaram das mais variadas mentiras para assassinar dezenas de pessoas em um curto período de tempo. O Diário Causa Operária (DCO), por exemplo, demonstrou, por meio de fotos enviadas por moradores do Guarujá, que a ROTA torturou suas vítimas antes de assassiná-las: