As montadoras da Ford, General Motors e Stellantis anunciaram uma greve simultânea nos Estados Unidos na última sexta-feira.
“Hoje estamos reunindo nossos membros. Amanhã, estaremos à mesa de negociação”, declarou o presidente do sindicato United Auto Workers (UAW), Shawn Fain, que afirmou que os três grupos receberam uma “contraproposta exaustiva”.
Mas o movimento poderia se estender, destacou Fain, que instigou os aproximadamente 146.000 membros do sindicato que trabalham para essas montadoras a se prepararem para aderir à greve, conforme a evolução das negociações.
Em um primeiro indício do efeito das greves, a Ford informou que demitirá temporariamente 600 trabalhadores de postos “diretamente afetados” pela paralisação dos trabalhos, um verdadeiro crime diante da situação.
A greve tem como principal objetivo pedir aumento salarial, sobretudo após os enormes lucros empresariais, que superaram os US$20 bilhões no primeiro semestre de 2023 para as três principais montadoras do país.
O UAW exige aumento salarial de quase 40% em quatro anos, enquanto a proposta das três montadoras americanas não ultrapassa os 20% (Ford), de acordo com o sindicato. As montadoras também se recusaram a conceder dias adicionais de férias e a aumentar as aposentadorias.