Na última segunda-feira (19), agências das Organizações das Nações Unidas (ONU) afirmaram que a alarmante falta de alimentos, o aumento da desnutrição e a disseminação generalizada de doenças podem desencadear uma explosão nas mortes de crianças na Faixa de Gaza.
Segundo essas agências, alimentos e água potável se tornaram “incrivelmente escassos” desde o aumento da agressão israelense contra os palestinos, em outubro de 2023. De acordo com uma avaliação conjunta feita pelos órgãos da ONU para crianças, pelo menos 90% das crianças menores de cinco anos em Gaza são afetadas por uma ou mais doenças infecciosas.
“A Faixa de Gaza está prestes a testemunhar uma explosão de mortes infantis evitáveis, o que agravaria o já insuportável nível de mortes infantis em Gaza”, expressou Ted Chaiban, vice-diretor de ação humanitária da agência de crianças da ONU, a UNICEF.
“Fome e doença são uma combinação mortal”, disse o diretor de emergências da Organização Mundial da Saúde, Mike Ryan, em um comunicado. Cerca de 70% das crianças de Gaza havia tido diarreia nas duas semanas anteriores à avaliação citada acima, representando um aumento de 23 vezes em comparação com a linha de base de 2022.
“Crianças famintas, enfraquecidas e profundamente traumatizadas têm mais probabilidade de adoecer, e crianças que estão doentes, especialmente com diarreia, não conseguem absorver nutrientes adequadamente”, ele alertou. “É perigoso, trágico e está acontecendo diante de nossos olhos”.