Nessa sexta-feira (29), a greve dos estudantes da Universidade de São Paulo (USP) atingiu todas as unidades da instituição de ensino. Agora, os grevistas, que lutam, dentre outras coisas, pela contratação de professores, pretendem expandir o movimento para campi do interior do estado.
Ainda na sexta, a Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA), a Escola de Educação Física e Esporte (EEFE), a Faculdade de Odontologia (FOUSP) e a Faculdade de Ciências Farmacêuticas (FCF) aderiram à greve após apoio majoritário em suas respectivas assembleias. Essas unidades se juntaram a outras 25 que já paralisaram suas atividades na Cidade Universitária, no Butantã, e à Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), na USP Leste.
“A postura da reitoria foi inadmissível. Primeiro, o reitor viajou para cumprir uma agenda no exterior, no momento mais importante de diálogo com os estudantes. Já a vice-reitora ficou apenas durante os primeiros 15 minutos”, diz Mandi Coelho, diretora do Centro Acadêmico de Letras, curso que iniciou do movimento.
Na última quinta-feira (28), grevistas líderes de centros acadêmicos se reuniram com a reitoria da USP, mas não foi feito um acordo. A reitoria, por sua vez, afirmou que as reivindicações mínimas dos discentes são inviáveis.
É preciso lutar para que a greve se expanda cada vez mais. O movimento grevista dos estudantes deve impulsionar a mobilização dos trabalhadores como um todo, dando apoio para a greve de outras categorias, como é o caso dos funcionários do Metrô, da CPTM e da Sabesp que, no próximo dia 03, entrarão em greve.