A Justiça determinou, na última terça-feira (20), que a greve dos professores da rede estadual do Rio de Janeiro acabasse imediatamente. O desembargador Ricardo Rodrigues Cardozo afirmou que a paralisação é ilegal.
O governador Cláudio Castro apelou para o Tribunal de Justiça e conseguiu fazer com que uma multa fosse fixada no valor de R$ 500 mil ao Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) e de R$ 5 mil aos seus diretores por dia de greve. Pelo menos 70% dos 70 mil profissionais que compõem a categoria aderiram à greve no seu início, dia 17 de maio. Todas essas ações significam, na prática, que a Justiça, em conjunto com o governador Cláudio Castro, quer criminalizar o movimento sindical e suspender o direito de greve.
Outra atitude verdadeiramente fascista do governo foi a de que acionar, na última quinta-feira (22), um código que permite o corte dos dias parados e considera abandono de emprego se o funcionário faltar durante 10 dias.
“A gente vê essa intimação como um ataque do governador do estado aos direitos dos trabalhadores da educação. O governo se recusa a negociar e ainda procura a justiça para criminalizar os dirigentes e desconstruir a legitimidade do movimento”, critica a coordenadora -geral do SEPE, Duda Quiroga.
Até então, a greve continua mesmo com todas essas imposições do governo e da justiça, e é assim mesmo que se deve prosseguir com o problema. Não se pode parar a greve, mesmo com a ameaça do governo, é preciso continuar e aumentar ainda mais a mobilização, rumo às exigências reivindicadas pelos trabalhadores.