Após paralisação de um dia, as direções dos sindicatos de trabalhadores do Metrô, da CPTM e da Sabesp encerraram a greve dos operários, que se mobilizaram contra as privatizações articuladas pelo governador direitista, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A decisão se deu em assembleia realizada às 21h do último dia 3. A justiça golpista, inimiga da classe trabalhadora brasileira, determinou multa de R$1,5 milhão para os ferroviários e R$2 milhões para os metroviários, por descumprirem a determinação estabelecida pela ditadura judicial, que, na prática, inviabilizava a greve.
Confiando que a Justiça se encarregaria de disciplinar os trabalhadores, Freitas enviou, no último dia 2, a Lei Orçamentária Anual do Estado, prevendo receitas oriundas da privatização da Sabesp. “Dizem que são contra as privatizações. Mas quais são as linhas que estão funcionando hoje? Aquelas concedidas à iniciativa privada. Isso mostra que estamos na direção certa, que temos, sim, que estudar (as privatizações)” disse o governador, em defesa de sua política entreguista.
Os trabalhadores devem retomar a paralisação à revelia do que determinar a justiça golpista, até dispor de garantias concretas não apenas do cancelamento das privatizações, como também da reestatização das partes do serviço de transporte sobre trilhos e saneamento básico entregues ao parasitismo dos grandes capitalistas. Os transtornos causados e a reação à paralisação evidenciam, acima de tudo, que este é o caminho certo para enfrentar a direita inimiga do povo trabalhador.