Uma das mais importantes organizações de defesa dos prisioneiros palestinos se pronunciou sobre os ataques ao líder da ala esquerda do Fatá, Maruan Barghouti. Ele está preso desde 2002 e possui mais de uma sentença de prisão perpétua. Barghouti está sofrendo mais maus tratos na prisão desde o início da atual guerra em outubro. O presidente do Clube dos Prisioneiros Palestinos, Abdulá al-Zughari, emitiu um comunicado:
O ataque ao líder Maruan Barghouti e aos líderes do movimento dos prisioneiros na prisão de “Megiddo” faz parte da abordagem contínua da ocupação visando os líderes do nosso povo.
O presidente do Clube dos Prisioneiros Palestinos, Abdulá al-Zughari, disse que o ataque (realizado recentemente pelas unidades de repressão contra Maruan Barghouti, membro do Comitê Central do movimento Fatá, e um grupo de líderes do movimento dos prisioneiros, especialmente os prisioneiros Thabet Mardaui e Salama Qataui na prisão de “Megiddo”, faz parte da abordagem histórica e contínua da ocupação visando os líderes do nosso povo, incluindo os líderes do movimento dos prisioneiros.
Al-Zughari alertou para as ações da ocupação que podem levar à morte de mais de nossos prisioneiros, incluindo os líderes do movimento dos prisioneiros em suas prisões e campos, como resultado da tortura brutal que tem se intensificado desde 7 de outubro, especialmente desde que pelo menos 13 prisioneiros morreram nas prisões e campos da ocupação, além do número de mártires dos detidos de Gaza revelado pela ocupação.
Al-Zughari afirmou que a ocupação, juntamente com seus crimes contínuos, tem usado sua imprensa para incitar contra os prisioneiros detidos e se vangloriar de seus crimes contra eles, com parte dessa incitação visando o líder Barghouti.
Al-Zughari responsabilizou totalmente a ocupação “israelense” pelo destino do líder Barghouti e de todos os prisioneiros nas prisões da ocupação “israelense” e exigiu que todas as instituições internacionais de direitos humanos assumissem responsabilidade e protegessem seu papel, interrompendo a queda global humana e moral ao continuar permitindo que a ocupação atue como se estivesse acima de todas as normas humanitárias.
É digno de nota que a ocupação realiza repetidas operações de transferência e isolamento contra os líderes do movimento dos prisioneiros, incluindo o líder Barghouti, que foi transferido várias vezes de um isolamento para outro, mais recentemente para o isolamento da prisão de “Megiddo”.