Níger: população sai às ruas pela expulsão das tropas dos EUA

No sábado (13), milhares de manifestantes, incluindo funcionários do governo, realizaram uma manifestação pela retirada das tropas dos EUA no país.

“Dissemos não aos franceses; eles acabaram fazendo as malas e indo embora. Hoje, dizemos não à presença militar norte-americana; eles também partirão”, disse o coronel Ibro Amadou, membro do governo militar, à multidão de manifestantes, segundo o portal estatal Le Sahel.

No sábado, a Sintonia das Organizações da Sociedade Civil Nigerina, que organizou os protestos contra a presença militar dos EUA, elogiou os líderes o governo militar por resistir às “nações imperialistas”.

Segundo Mohamed El Kebir, presidente da coalizão da sociedade civil, as parcerias com governos ocidentais impediram que o Níger se libertasse de sua dependência da ajuda desde a independência da França em 1960.

Kebir afirmou que um “número exponencial” de civis e compatriotas militares nigerinos foi morto por uma “força mercenária importada” nos últimos dez anos desde o envio de tropas estrangeiras.

“Como prova, a presença do impressionante arsenal militar do Pentágono e da CIA composto por drones, satélites e a livre concessão de nosso espectro de rádio através da irresponsabilidade política do regime na época nunca permitiu evitar essas muitas tragédias”, afirmou.

“Este é o lugar para acolher a cooperação frutífera com os países irmãos da AES [Aliança dos Estados do Sael] e Togo, bem como Turquia, Rússia, China, Irã, Coreia do Norte, Índia, Paquistão e todos os que nos mostraram sua solidariedade na dinâmica iniciada para proteger nossa pátria”, declarou o ativista.

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