OAB suspende advogado que denunciou genocídio em Gaza

Na última segunda-feira (25), a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) do Rio de Janeiro decidiu suspender, por 90 dias, o registro do advogado Hariberto de Miranda Jordão Filho, pelo crime de… defender os palestinos contra o genocídio em Gaza.

Segundo a entidade que é responsável pelo registro profissional dos advogados no Brasil, em sessão ordinária do Instituto dos Advogados Brasileiros (IAB), o advogado pediu que todos os sionistas fossem expulsos das comissões e da diretoria da entidade. Em um discurso o advogado havia se revoltado contra uma denuncia feita pela Federação Israelita do Rio de Janeiro (Fierj) remetida à OAB. A denuncia feita pela organização sionista ocorreu devido a uma manifestação feita pelo advogado em defesa da Palestina e contra o genocídio feito por Israel.

A posição contrária ao genocídio sionista rendeu denuncias da Fierj, o que levou o advogado a denunciar que estava sendo vítima de “clara e indevida perseguição política, ideológica, religiosa, cultural e até mesmo profissional”.

“É uma vergonha e agressão para o Instituto, há mais de 180 anos defensor da liberdade democrática, o silêncio da Comissão de Direitos Humanos diante do holocausto e limpeza étnica praticada pelas tropas israelenses sionistas contra os indefesos palestinos.”

A respeito do assunto a OAB nacional afirmou que a denuncia contra a perseguição feita pelos sionistas se trataria de “antissemitismo”.

Segundo matéria da Folha de S.Paulo que busca defender a demissão do advogado, o mesmo teria ainda em seu discurso, cometido o “crime” de criticar a “entidade por não ter se manifestado contra as ações israelenses na Faixa de Gaza.”

O advogado ainda denunciou que a organização sionista é composta de “verdadeiras quintas colunas de covardes judeus sionistas, que repetem as ações realizadas no passado por adoradores de Hitler na Alemanha nazista”.

Este é mais um caso claro de perseguição política no País contra aqueles que denunciam o genocídio promovido por “Israel” e o imperialismo em Gaza. Assim como o PCO, Brenno Altman e várias outras figuras que se pronunciaram contra o sinoismo genocída, estão sendo perseguidas, censuradas e tendo suas liberdades políticas cerceadas.