O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, denunciou a ação truculenta da Polícia Militar de São Paulo, que em meio a paralisação dos trabalhadores da Embraer, ocorrida no último dia 3 agrediu e prendeu um dos diretores do sindicato, José Dantas Sobrinho. Além do sindicalista, foi preso também um apoiador e militante do Movimento Luta Popular, Ederlando Carlos da Silva.
Conforme o Sindicato, Sobrinho e Silva faziam um cordão de isolamento em um dos portões da fábrica, quando foram abordados pelos PMs, o que deu início à confusão. Os dois denunciam terem sido agredidos pelos policiais na ocasião.
“Essa prisão foi um ato grave, antidemocrático, e representa um ataque ao movimento sindical e ao direito de greve. A Polícia Militar (PM) agiu a serviço da Embraer e contra os trabalhadores. Os fatos ocorridos hoje confirmam a truculência e autoritarismo da empresa”, disse o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.
A mobilização dos trabalhadores ocorreu na manhã do dia 3, quando a produção na Embraer foi paralisada por três horas. No segundo turno de trabalho, os operários atrasaram a entrada em uma hora.
Inicialmente, a greve seria por tempo indeterminado ou até que o aumento real nos salários fosse conquistado, porém, acabou sendo suspensa devido à “intimidação e o assédio realizados pela direção da fábrica”, conforme denúncia das lideranças sindicais: “Em ação ilegal e contra o direito constitucional à greve, policiais militares forçaram a entrada de trabalhadores na fábrica, mesmo após a assembleia ter decidido pela interrupção da produção”, concluiu o sindicato.