Reestruturação no Bradesco: mais 18 agências fechadas

Os banqueiros do Bradesco anunciaram mais uma medida que é parte da reestruturação pela qual passa a empresa. Desta vez, segundo informação dada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, 18 agências serão fechadas e incorporadas por outras agências até o fim de março, somente nos municípios da base do sindicato. Logicamente que os bancários dessas dependências estão extremamente preocupados em relação à manutenção dos seus empregos.

A política de reestruturação do Bradesco (ressaltando que essa mesma política está acontecendo em praticamente todos os bancos) é de terra arrasada, tanto para os trabalhadores bancários, quanto para a população em geral.

“Entre o último trimestre de 2019 e o último trimestre de 2023, o Bradesco fechou 1.783 agências e 703 postos de atendimento bancário, segundo dados dos demonstrativos financeiros do próprio banco”. (Site spbancarios 20/3/2024)

Em consequência desta política predatória dos banqueiros, o Bradesco jogou no olho da rua, nos últimos três anos, cerca de 10 mil bancários, o que tem levado a um gigantesco transtorno para aqueles trabalhadores que permanecem na empresa já que os mesmos passam a ser obrigados a dar conta do serviço chegando a trabalhar por até três funcionários, o que tem levado a um aumento exponencial da situação de adoecimento por motivo laboral na categoria, tais como LER/DORT e problemas psicológicos (depressão, ansiedade, síndrome do pânico, estafa, etc.) 

Os banqueiros do Bradesco, além de jogar milhares de pais de família na rua da amargura, causam um gigantesco desrespeito com os seus clientes que, com o encerramento do funcionamento das agências, serão obrigados a percorrer quilômetros de distância, gastando horas de viagem, para serem atendidos. Isso sem falar que, com certeza, irão se deparar com uma agência lotada que sofre com a falta de pessoal e terá o aumento do número de clientes.

Fechamento de milhares de agências, demissão em massa, descomissionamento, transferência compulsória, arrocho salarial, assédio moral, etc. é parte da política geral dos banqueiros, responsáveis por destruir todos os direitos de todos os trabalhadores e roubar a riqueza e o patrimônio público nacional, como, por exemplo, a apropriação de mais da metade do orçamento nacional, através da famigerada “dívida” pública, para garantir seus lucros.

É preciso que as organizações dos trabalhadores organizem, imediatamente, uma reação contra a política reacionária dos banqueiros. Não há outro caminho para a categoria bancária que não seja a lita pela defesa dos seus empregos e por mais contratações.