Sob o velho argumento de viabilizar soluções para sanar as “dificuldades” que passa a Saúde Caixa dos Funcionários da Caixa Econômica Federal, a diretoria do Banco quer passar a conta do “prejuízo” para as costas dos trabalhadores.
A Caixa Econômica Federal vem despejando uma avalanche de informações, no mínimo distorcidas sobre a Saúde Caixa, cuja finalidade é impor mais um ônus aos trabalhadores.
Com a campanha salarial da categoria em que os banqueiros e o governo insistiram na política de ataques reajustando os salários dos bancários abaixo da inflação e congelando os salários em dois anos, resgatando a política de abono do famigerado governo do PSDB de Fernando Henrique Cardoso, a direção da Caixa vem defendendo a proposta “capaz de assegurar a sustentabilidade e a manutenção dos serviços prestados pela Saúde Caixa” em que pretende transforma a limitação do custeio feito pelos trabalhadores dos “atuais 6,5% na folha de pagamentos e proventos, conforme estipulado no estatuto do banco e torna a participação da Caixa inferior aos 70% do modelo atual, passando para 30%. Com isso, o banco prevê um aumento médio de 85% nas mensalidades do plano até 2024 e de 1078% até 2025, em relação aos percentuais atuais de mensalidades” (Fenae, 11/10/2023).
O que chama a atenção é que a direção faz uma propaganda gigantesca para “ajudar” a enfrentar as “dificuldades” que passa o SaúdeCaixa, mas, por outro lado, adota a política contra os trabalhadores através do arrocho salarial, fechamento de agências e dependências, descomissionamentos, transferências compulsórias, aumento de metas de venda de produtos, etc. É claro que a direção do banco não tem nenhum interesse em beneficiar os trabalhadores.
Mais uma vez a fórmula para a salvação da Saúde Caixa é onerar os trabalhadores como sistematicamente vem sendo feito com os supostos prejuízos. A justificativa sempre é a mesma.
O SaúdeCaixa dos Funcionários da Caixa Econômica Federal do chega a ter uma receita milionária com os seus mais de 220 mil de participantes. Os roubos, favorecimentos a hospitais, desvios de verbas, etc., esses sim as principais causas da atual situação da do plano de saúde, ficam como estão nada é feito, nada de apuração das denúncias feitas ao banco.
O SaúdeCaixa é um patrimônio construído pelos trabalhadores e é a eles que cabem o seu gerenciamento e controle, hoje os seus administradores são escolhidos por meio de seleção interna, coordenada pelo banco que detém a prerrogativa de nomear o presidente da entidade.
Cabe aos trabalhadores da Caixa Econômica barrar mais esse ataque por parte da direção do banco e organizar a mobilização pelo controle do plano de saúde unicamente pelos dos trabalhadores.
Fonte: Diário Causa Operária (DCO)