Hoje, a partir das 12h, em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo(ALESP), acontece um ato contra as privatização da SABESP (Cia. de água e esgotos de São Paulo) e demais estatais paulistas que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) quer entregar para tubarões capitalistas repetirem o “êxito” da privataria do setor elétrico que vem deixando a maior e mais rica cidade brasileira sofre com falta de energia, apesar dos preços exorbitantes das contas.
Para o ato estão sendo convocados, alé de trabalhadores da SABESP, professores da rede estadual (APEOESP), servidores de diversas categorias e trabalhadores do Metrô e Ferroviários, também ameaçados pelas pvatizações.
O ato ocorre durante a audiência pública – determinada pelo Ministério Público – para discutir a proposta do governo de privatizar a SABESP.
Deputados da base de apoio e de oposição ao governo teriam acertado um cronograma para a tramitação do projeto de privatização da Sabesp que prevê o início da discussão no plenário da Assembleia Legislativa no próximo dia 5; o que a oposição parlamentar (PT e PSOL) quer adiar, se possível para o próximo ano, quando a realização das eleições municipais criarão maiores dificuldades para a aprovação da medida. Os governistas, no entanto, pretendem que seja possível votar a entrega no dia 12 de dezembro.
A pressão sobre os deputados não deve ser desconsiderada, mas é evidente que o terreno fundamental para obter uma vitória contra o governo entreguista é o da mobilização nas ruas contra o governo e sua proposta.
No dia 28/11 está convocada a greve unificada dos funcionalismo e servidores das estatais paulistas contra as privatizações e a destruição dos serviços públicos do governo tucano bolsonarista que, além da entrega das estatais, arrocho salarial e outras medidas de ataque, também quer reduzir os gastos mínimos com a Educação (de 30% para 25% do orçamento).
A crise aguda dos capitalistas (ávidos por se apossar cada vez mais dos recursos públicos) vem fazendo com os governos locais adotem um número cada vez maior de medidas contra o funcionalismo.
Contra esta política, em Minas Gerais, servidores da Educação decretaram, em 14/11, estado de greve e anunciaram que vão paralisar as atividades nos dias 21 e 22/11, com vigília permanente na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).
O objetivo principal é pressionar os deputados a se posicionarem contra o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), proposto pelo governador Romeu Zema (Novo) para quitar a dívida de R$160 bilhões do Estado com a União, às custas da expropriação do funcionalismo. Neste mês, já ocorreram outras duas greves do funcionalismo mineiro contra o RRF, nos dias 7 e 14.
De modo geral, a política das direções sindicais tem sido a de realizar uma mobilização de baixa intensidade, principalmente junto aos parlamentares, em sua maioria quase sempre dóceis aos interesses dos governos da direita.
Sem deixar de lado a luta também no legislativo, a mobilização – para ser vitoriosa – precisa ganhar amplamente as ruas, ter um calendário permanente de mobilização, rumo a uma greve geral política de todo o funcionalismo e do conjunto dos trabalhadores das estatais, contra a política dos governadores e na defesa das suas reivindicações, com grandes atos nos centros das cidades, paralisação de todos os serviços, incluindo os de transportes, no caso de São Paulo, e mobilização a opinião pública, por meio da CUT, movimentos populares, estudantis, etc. em uma ampla campanha contra os governos e a destruição dos serviços públicos e a destruição da Educação, Saúde e todos os serviços públicos.