Trabalhadores da segurança dos aeroportos da Alemanha entram em greve

Em uma conjuntura econômica de escalada inflacionária, que, por sua vez, resulta em perda salarial, nesta semana, trabalhadores da segurança dos aeroportos da Alemanha entraram em greve, sob a liderança do sindicato Verdi.

Apenas no Aeroporto de Frankfurt, o principal da Alemanha, foram cancelados 310 dos 1.120 voos que estavam programados para esta quinta-feira (1º), segundo informou uma porta-voz da operadora de voos Fraport à agência de notícias francesa Agence France-Presse (AFP). Estima-se que cerca de 200 mil viajantes foram afetados.

A greve foi deflagrada em meios às negociações coletivas do sindicato com a Associação Federal das Empresas de Segurança da Aviação, sendo que os trabalhadores, por meio do Verdi, estão exigindo um aumento salarial de 2,80 euros, além de um bônus para 25 mil trabalhadores do setor.

Segundo informações de Wolfgang Pieper, líder sindical que está à frente das negociações, a greve “começou muito bem”, tendo uma adesão “boa, muito boa”, afinal, no Aeroporto de Colônia/Bona a totalidade dos funcionários aderiram à paralisação.

A greve abrange equipes de 11 aeroportos, devendo continuar enquanto estiverem ocorrendo as negociações, as quais deverão continuar no dia 6 de fevereiro, próxima terça-feira.

Trata-se de mais um sinal da crise geral do imperialismo, em especial do imperialismo alemão, cuja economia foi bastante afetada com as sanções impostas à Rússia em razão da guerra imperialista que os Estados Unidos, na liderança do bloco imperialista, desatou contra o gigante do Leste Europeu, utilizando a Ucrânia como bucha de canhão.

Ao tentar subjugar a Rússia com a política de sanções, a Europa, principalmente a Alemanha, ficou sem o petróleo Russo, do qual possui profunda dependência. Isto resultou em uma crise econômica, com escalada inflacionária, sendo a atual greve um produto desta conjuntura.

A tendência é que os trabalhadores alemães, tanto dos aeroportos, quanto de outros setores, façam mais e mais paralisações, à medida que a crise se aprofunde.