Na quinta-feira (11), os trabalhadores do Banco Central realizaram uma greve de 24h. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou que a participação foi de 70% dos funcionários. O BC é conhecido por, apesar de ser um órgão do governo, não estar sob direção direta de Lula, mas sim do bolsonarista Campos Neto. Ele é, portanto, o inimigo final dos bancários.
A nota oficial do sindicato afirma:
“A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado. Ressalta-se a preocupação com a falta de diálogo e o alegado açodamento autoritário do presidente do BC [Roberto Campos Neto] na abordagem de questões relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independência do Banco Central”.
Os servidores reivindicam, entre outros pontos, reajuste nas tabelas remuneratórias, retribuição por produtividade, exigência de nível superior para o cargo de técnico, mudança no cargo de analista para auditor. A próxima etapa da paralisação será a entrega dos cargos comissionados de chefia, caso as negociações com o governo não avancem. A entrega efetiva é prevista para a primeira quinzena de fevereiro.