A professora norte-americana de origem judaica, Nancy Fraser, foi suspensa de um cargo que iria ocupar na Universidade de Colônia. O motivo foi que ela assinou um abaixo assinado em solidariedade ao povo da Palestina e condenando as ações de “Israel”.
Ela foi convidada para a Cátedra Albertus Magnus 2024, uma posição de visitante, que lhe foi concedida em 2022, e a carta, que ela assinou, foi escrita em novembro de 2023.
Professores universitários, em resposta, escreveram uma carta condenando a suspensão e chamando-o de “mais uma tentativa de limitar o debate público e acadêmico sobre Israel e Palestina ao evocar supostamente linhas vermelhas claras e distintas, sancionadas pelo governo”.
Eles afirmaram que a carta, intitulada Filosofia para a Palestina, não tinha relações com o trabalho de Fraser como acadêmica e que sua cátedra de visitante não tinha relações com a guerra.
A Universidade de Colônia expressou em um comunicado que a decisão foi tomada “com grande pesar”. A nota da Universidade afirma: “o direito de Israel a existir como um ‘estado etno-supremacista’ desde sua fundação em 1948 é questionado. Os ataques terroristas do Hamas contra Israel em 7 de outubro de 2023 são elevados a um ato de resistência legítima.”
Fraser afirmou que é uma vítima de “macartismo filossemítico” ao lado de outros acadêmicos como Masha Gessen, que foram cancelados na Alemanha por suas opiniões. Em suas palavras: “fui cancelada em nome da responsabilidade alemã pelo Holocausto. Essa responsabilidade também deveria se aplicar às pessoas judias… Macartismo filossemítico resume muito bem. Uma maneira de silenciar as pessoas sob o pretexto de supostamente apoiar os judeus”.