Em assembleia geral realizada na tarde desta sexta-feira (2) os servidores técnicos-administrativos da Universidade de Brasília (UnB) reafirmaram a greve até a próxima reunião da categoria marcada para o dia 12 de junho.
Os servidores aprovaram a greve em assembleia realizada no dia 29 de maio, em razão da decisão do ministro Gilmar Mendes em cassar a liminar que garantia o pagamento da Referência Padrão (URP), que representa 26% dos pagamentos.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Fundação Universidade de Brasília (SINTFUB), Edmílson Lima, informou que o ministro Gilmar Mendes irá receber os representantes dos técnicos-administrativos da UnB na próxima quarta-feira, dia 7 de junho. Além disso o setor jurídico do SINTFUB informou que entrará com um Protocolo de Agravo Regimental no Supremo Tribunal Federal, com pedido de efeito suspensivo contra a decisão de Gilmar Mendes sobre a URP.
Durante a assembleia geral os servidores votaram pela continuidade da greve e também por um calendário de atividades apresentando pela direção do sindicato. As ações propostas foram reuniões de atividades do comando de greve na sede do SINTFUB e uma vigília em frente ao STF, durante a reunião dos representantes dos servidores com Gilmar Mendes.
“É importante que a gente construa um caminho juntos para esse processo de greve até porque o problema já está instaurado. O caos já está instalado com esse corte da nossa URP. A gente precisa achar a solução que é a greve”, afirmou a servidora Daniela Bezerra antes da votação.
A técnica em Assuntos Educacionais Fabiana Oliveira também defendeu a continuidade da greve durante a assembleia e lembrou das demandas que são responsabilidade da Reitoria da UnB.
O presidente do SINTFUB se mostrou otimista com o movimento e chamou atenção para a quantidade de técnicos-administrativos que participaram da assembleia geral. “É importante a gente se mobilizar junto a estudantes e professores”, afirmou Edmílson Lima. O presidente do sindicato destacou o apoio das outras entidades sindicais, parlamentares e disse que além da reunião com Gilmar Mendes existe a possibilidade de um encontro com a ministra da Gestão, Esther Dweck.
Apoio ao movimento
A assembleia contou com a presença de parlamentares e representantes de organizações sindicais e movimentos sociais. “Educação não se constrói sem trabalhadores e por isso é importante que o movimento estudantil seja aliado para que essa universidade siga mobilizada”, afirmou Sofia Cartaxo, estudante da UnB e integrante do Levante Popular da Juventude.
“Nós queremos encaminhar a construção de uma comissão na Câmara [dos Deputados] para acompanhar este movimento e dizer que tem representantes que entendem o corte da URP como um ataque a Educação”, afirmou a deputada federal Erika Kokay (PT).
Fonte: Brasil de Fato