Com um Congresso dominado pela direita, um Judiciário hostil e poucos governadores (nenhum em estados centrais da nação), o governo Lula está de mãos atadas para enfrentar a intervenção das potências estrangeiras no País e seus principais parceiros em solo nacional: os banqueiros. Mesmo tendo uma política nacionalista e voltada ao desenvolvimento do Brasil, o presidente evidencia não ter força para se opor à política neoliberal, direcionada principalmente aos interesses dos banqueiros nacionais e do exterior.
Com a clareza de que toda a institucionalidade brasileira está rigidamente controlada pelos inimigos do povo, torna-se ainda mais fundamental a ação organizada dos comitês de luta. Criados para impedir o golpe de 2016, os comitês comprovaram a força da mobilização popular desde então e através de campanhas bem sucedidas, tais como a luta pela libertação do presidente Lula em 2019, a luta por vacinas e auxílio moradia durante a pandemia e finalmente, a eleição de Lula em 2022, os comitês tiraram a esquerda da defensiva, conquistando importantes vitórias para os setores esmagados da população.
Este trabalho, agora, deve ser intensificado. É preciso multiplicar os comitês em todo o País, a partir dos locais de trabalho, estudo e moradia, de modo a organizar a insatisfação popular contra as políticas que tiram do povo para dar aos bancos, enfrentá-los e garantir, com a força do povo, a prevalência dos interesses dos trabalhadores.