O novo salário mínimo estabelecido pela Medida Provisória 1172/23 (assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no dia 1º de maio e enviada ao Congresso no dia 2) foi aprovado na Câmara dos Deputados no último dia 23, mantendo-se o valor vigente desde o Dia Internacional dos Trabalhadores, 1º de Maio, de R$1.320, tendo 439 votos a favor e apenas 1 contra. Os oito reais a mais em relação ao piso de 2022, no entanto, estão longe de serem um reajuste efetivo.
Baseando-se em cálculos feitos a partir do valor da cesta básica, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) estabeleceu que em julho, para atender as necessidades de uma família operária média (dois adultos e dois filhos), o salário mínimo deveria ser de R$ 6.528,93, dos quais apenas a alimentação consumiria R$2.331,48, referentes ao preço médio da cesta básica mais cara observada (em Porto Alegre, de R$777,16) multiplicado por três (uma cesta básica para cada adulto e meia para cada criança).
A Corrente Sindical Nacional Causa Operária (coletivo sindical do Partido da Causa Operária), entendendo o erro metodológico do Dieese que termina jogando o valor do salário mínimo para baixo, estabelece o valor de R$7.500 como o mínimo vital para a sobrevivência da classe trabalhadora, sendo este o valor pelo qual os comitês de luta de jovens e trabalhadores devem lutar.