Heloísa dos Santos Silva, de três anos de idade, morreu após nove dias internada em estado grave depois de levar um tiro na nuca e outro no ombro de policiais da Polícia Rodoviária Federal no Rio de Janeiro.
O assassinato ocorreu enquanto Heloísa voltava para casa de carro com a família, na área serrana de Petrópolis. Os policiais alegam ter perseguido o carro, escutado um som de tiro, e atirado logo em seguida, atingindo a menina.
O pai de Heloísa, entretanto, nega que tenha havido qualquer som de tiro. Os policiais abriram fogo assim que ele deu sinal de parada. Ele, sua esposa, a irmã e a tia da menina não ficaram feridos.
Segundo a equipe médica que atendia a menina, Heloísa tinha vários orifícios de entrada por perfuração de arma de fogo. Ao menos dois tiros a atingiram: um deles no ombro e outro na nuca, que se fragmentou. O número exato de disparos só vai ser informado após perícia.
Os três policiais foram afastados e suas armas apreendidas. É óbvio dizer que isso não é o suficiente. Esses não são casos isolados e milhares de pessoas são mortas à toa pela polícia todos os anos, se não todos os meses, no Brasil. Todas as polícias precisam ser extintas, argumento que se demonstra quando o ato não foi cometido pela polícia militar, como costuma ser. O povo precisa fazer sua própria segurança.