Trabalhadores do Banco Central realizam paralisação de 24h

Ato em frente ao Banco Central pela mobilização do corpo funcional do BC, no Dia Nacional de Protesto em defesa da carreira de Especialista. Após a reunião do COPOM o presidente do BC, Roberto Campos Neto e diretores desceram e participaram do ato, em Brasília.| Sérgio Lima/Poder360 - 01.nov.2023

Na quinta-feira (11), os trabalhadores do Banco Central realizaram uma greve de 24h. O Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal) afirmou que a participação foi de 70% dos funcionários. O BC é conhecido por, apesar de ser um órgão do governo, não estar sob direção direta de Lula, mas sim do bolsonarista Campos Neto. Ele é, portanto, o inimigo final dos bancários.

A nota oficial do sindicato afirma:

“A decisão de realizar a greve decorre da insatisfação dos servidores em relação ao tratamento dispensado às suas demandas, em meio a concessões assimétricas oferecidas a outras categorias típicas de Estado. Ressalta-se a preocupação com a falta de diálogo e o alegado açodamento autoritário do presidente do BC [Roberto Campos Neto] na abordagem de questões relevantes, como a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Independência do Banco Central”.

Os servidores reivindicam, entre outros pontos, reajuste nas tabelas remuneratórias, retribuição por produtividade, exigência de nível superior para o cargo de técnico, mudança no cargo de analista para auditor. A próxima etapa da paralisação será a entrega dos cargos comissionados de chefia, caso as negociações com o governo não avancem. A entrega efetiva é prevista para a primeira quinzena de fevereiro.