Iniciada no dia 2 de fevereiro, a Operação Escudo, feita pela Polícia Militar do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), já resultou no assassinato de 18 pessoas. As mortes mais recentes ocorreram no sábado (10), quando dois homens foram assassinados em São Bento, em Santos.
No domingo (11), moradores da Baixada Santista denunciaram para uma comitiva formada pela Ouvidoria da Polícia de São Paulo, Defensoria Pública e parlamentares que os policiais, assim como foi na primeira fase da operação, estão executando e torturando as vítimas. Eles também denunciam abordagens violentas por parte da PM.
“As comunidades por onde a gente passou estão narrando que os policiais falam abertamente nas ameaças que fazem aos jovens usuários de drogas, aos aviõezinhos, que [a polícia] vai vingar o policial morto, que vai deixar filho sem pai, como aconteceu do outro lado, do lado deles. A gente está assistindo a uma operação de vingança e barbárie. A gente ouve aqui relatos absurdos de violência e de tortura, é assustador”, afirmou a deputada Mônica Seixas (PSOL) à Agência Brasil.
A truculência da operação, supervisionada pessoalmente pelo secretário de segurança do estado, Guilherme Derrite, é tamanha que o Carnaval na cidade de São Vicente, no litoral paulista, foi adiado.
“Consideramos que o adiamento das bandas e blocos que iriam se apresentar nos dias 9, 10, 12, 13 e 17 de fevereiro é a decisão mais acertada”, disse o prefeito na última sexta-feira (9).
Também na sexta-feira, um policial foi gravado atirando duas vezes em um servidor da prefeitura. Desarmado, o homem foi, primeiramente, baleado na perna e, então, atingido no tórax. O agente fascista de Tarcísio responsável pelos disparos integra a Operação Escudo.