Neste sábado (23), todas as capitais do Sudeste e do Nordeste, bem como as cidades de Porto Alegre e Curitiba, Brasília, Campo Grande e Goiânia, e Belém, Boa Vista, Macapá, Manaus e Palmas, além de diversas cidades interioranas, terão manifestações convocadas pela esquerda.
Os Comitês de Luta participarão das manifestações, defendendo a soberania nacional, ameaçada – entre outros – pela direção do golpista Roberto Campos no Banco Central (BC) e a Petrobrás privatizada.
Indicado por Jair Bolsonaro (PL) à presidência do BC, Roberto Campos tem se destacado na campanha de sabotagens contra o Brasil pela via da asfixia econômica. À frente da autoridade monetária brasileira, o bolsonarista vem mantendo a taxa básica de juros (SELIC) nas alturas, minando a capacidade da economia brasileira crescer e gerar empregos.
A petrolífera brasileira, por sua vez, foi posta no centro dos debates políticos por uma razão extremamente modesta: o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu não pagar dividendos extraordinários aos parasitas que, do estrangeiro, drenam a empresa brasileira. Mesmo tendo pago R$98 bilhões de dividendos aos acionistas e especuladores no ano passado, ao reter uma pequena parte dos lucros extras da empresa, algo em torno de R$45 bilhões, Lula está sendo alvo de uma intensa campanha.
A crise aberta pela decisão de Lula recolocou a questão da soberania nacional no centro da luta política no País. Finalmente, há um movimento organizado de desgaste do Lula. Se o governo estivesse avançando, mesmo que houvesse esse movimento, o efeito que ele causaria seria menor. Se o País estivesse andando para frente e houvesse uma ampla mobilização por parte da esquerda, a opinião da população não seria tão negativa, mesmo com a campanha da direita.
Por isso, a manifestação de hoje deve ser organizada tendo em vista reivindicações de interesses bem concretos do povo brasileiro, como a reestatização da Petrobrás, a nacionalização do petróleo, o fim da roubalheira que é a entrega da riqueza do petróleo e da economia nacional aos abutres, aos especuladores que tomaram conta das ações da empresa.
É preciso pôr fim a essa sangria e mobilizar a população também com a defesa do povo palestino, uma questão concreta, imediata e urgente.
É justamente para impulsionar essa mobilização que a esquerda precisa ir às ruas neste sábado. Para afirmar os interesses populares como mais empregos, salários condizentes com os custos de vida da nação e moradias, é preciso lutar contra os banqueiros internacionais e pela soberania do País.
Em São Paulo, a principal cidade operária do País, a manifestação acontecerá no Largo São Francisco, perto da estação Anhangabaú do Metrô.