Nesse último dia 13 de abril realizou-se, na CONTAG (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais da Agricultura) em Brasília, os Congressos Distritais dos Bancários do Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e do Banco de Brasília.
Nos Congressos foram debatidos e aprovados as pautas de reivindicações a serem levadas para os Congressos Nacionais dos bancos públicos, que irá ser realizada na cidade de São Paulo no começo de junho, como parte do calendário de mobilização da Campanha Salarial dos Bancários 2024, que tem a sua data base no mês de setembro.
Os Congressos Estaduais e o Nacional dos Bancos Públicos vão no sentido de elaboração das pautas de reivindicações em negociações específicas desses bancos, ou seja, são acordos aditivos do Banco do Brasil, da Caixa e, no caso de Brasília, do BRB. Além disso, os bancários contam com a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) válida para todos os bancários, público e privados, em todo o território nacional, negociada em mesa única junto à Fenaban (Federação Nacional dos Bancos).
Estiveram presentes no Congresso Distrital cerca de 150 delegados, que foram eleitos em assembleias específicas de cada um desses bancos.
Conforme a programação do evento, na parte da manhã, após a composição da mesa de abertura e após feita a apreciação e aprovação do regimento interno, foi realizada Análise de Conjuntura cuja convidada para a explanação foi a companheira Erika Kokay, deputada federal pela base de Brasília e, logo em seguida, foi aberto o microfone para que os delegados do Congresso fizessem as suas colocações. Os representantes presentes da Corrente Sindical Nacional Causa Operária Bancários em Luta, na sua intervenção, nesse ponto, ressaltaram o agravamento da crise capitalista em todo o mundo, com a clara perda de autoridade política, econômica e militar do imperialismo diante dos acontecimentos da maior importância como a derrota dos EUA no Afeganistão e na Síria, e as enormes dificuldades da OTAN/Ucrânia, diante da guerra libertadora que a Rússia vai travando e vencendo na Ucrânia, que tem como uma de suas principais consequências a aceleração da degradação econômica na Europa, ao mesmo tempo que o imperialismo e o governo sionista de “Israel” vem sofrendo uma derrota avassaladora, consequência da brava resistência do povo palestino na Palestina.
No Brasil, a situação política e econômica tende a se agravar, conforme se expressa na nossa vizinha, Argentina, em que, com o apoio da direita dita “civilizada”, vem a cada dia emparedando cada vez mais o governo Lula na adoção de medidas antipopulares e assim dando munição para os bolsonaristas atacar o governo e, nesse sentido, a esquerda, que está totalmente desnorteada, coloca todas as suas fichas no reacionário STF (diga-se Alexandre de Moraes) e, consequentemente, abandonando as ruas, favorecendo a direita e a extrema direita no País.
Na segunda parte do Congresso Distrital dos Bancários, os trabalhadores foram divididos em grupos: Cláusulas Econômicas e Isonomia; Planos de Saúde e Previdência; Jurídico e Saúde, Condições de Trabalho e Cláusulas Sociais, em que houve uma ampla discussão e sugestões de reivindicações para serem aprovadas na plenária final.
Na Plenária final foram aprovadas várias propostas, saídas desses grupos, de fundamental importância para serem levadas para os Congressos Nacionais Específicos, tendo como umas das principais a reivindicações de luta um piso salarial de R$7 mil; um verdadeiro plano de cargos e salários que atenda os anseios da categoria; estabilidade no emprego; não ao banco de horas; pagamento de horas extras 100% do valor da hora normal; mais contratações; em defesa das empresas públicas; não às privatizações; entre outras.
O que está colocado para os bancários dos bancos públicos nesse momento é preparar e organizar um forte movimento contra a ofensiva dos patrões, respondendo ao plano de ataques aos trabalhadores com um programa de lutas e em defesa das suas legítimas reivindicações.
No final do Congresso, foi organizado uma atividade de confraternização em que foi servido um delicioso churrasco, preparado pelos companheiros da CONTAG, regado a um excelente repertório musical sob a batuta e interpretação de um dos grandes representantes artísticos da cidade, Marinho Lima, que, acompanhado pelo seu violão, interpretou canções da música popular brasileira, oferecendo um belíssimo espetáculo aos presentes.