Na quinta-feira (18), o portal The Intercept publicou documentos do Departamento de Estado dos EUA que revelaram que o governo dos EUA está usando sua influência sobre o Equador para fazer lobby junto aos membros do Conselho de Segurança da ONU (CSNU) para se oporem a uma votação marcada para 18 de abril sobre a adesão da Palestina como membro pleno da ONU.
Os EUA, segundo relatos, estariam exercendo essa pressão sobre o membro não permanente do CSNU para evitar mais uma vez queimar a sua imagem, vetando uma resolução contra a Palestina enquanto acontece um genocídio.
Segundo o Intercept um documento vazado afirma: “permanece a visão dos EUA de que o caminho mais rápido para um horizonte político para o povo palestino está no contexto de um acordo de normalização entre Israel e seus vizinhos. Acreditamos que essa abordagem pode avançar tangivelmente os objetivos palestinos de maneira significativa e duradoura”.
E continua: “portanto, instamos vocês a não apoiarem qualquer resolução potencial do Conselho de Segurança recomendando a admissão da ‘Palestina’ como membro da ONU, caso tal resolução seja apresentada ao Conselho de Segurança para decisão nos próximos dias e semanas”. Essa mensagem teria sido enviada em 12 de abril.
Outra, enviada no dia 13 de abril diretamente da embaixada dos EUA em Quito afirma: “era importante que qualquer resolução proposta não conseguisse os votos necessários sem um veto dos EUA. O Equador não gostaria de parecer isolado [junto aos EUA] em sua rejeição a uma resolução sobre a ‘Palestina’.”