Na última sexta-feira (19), o governo enviou uma nova proposta para encerrar a greve de professores e técnicos administrativos que atuam em instituições federais de ensino.
Ambas as categorias receberam a mesma proposta: 9% de reajuste salaria em janeiro de 2025 e 3,5% em maio de 2026; reajuste do auxílio-alimentação de R$658 para R$1.000; reajuste do auxílio-saúde per capita de R$144,38 para R$215; reajuste do auxílio-creche de R$321 para R$484,90; e mudanças na progressão de carreira.
Entretanto, trata-se de uma proposta muito distante do que os trabalhadores reivindicam. No caso dos professores, eles solicitam 22% de reajuste em três anos, enquanto os técnicos administrativos solicitam 37% de reajuste no mesmo período. Este aumento, entretanto, ocorreria já a partir de 2024, e não de 2025.
Não é à toa que a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-Adminsitrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil (Fasubra Sindical) afirmou que se reunirá com a categoria, mas que “a palavra de ordem é que a greve continua”. O sindicato dos professores, ao mesmo tempo, aproveitou a proposta para ressaltar que a proposta do governo ainda é “tímida”, “mas revela o quanto a greve é meio eficaz na conquista de avanços e vitórias em defesa do serviço público”.
“A crescente de mobilização aponta certamente que há mais que podemos conquistar”, afirmou Gustavo Seferian, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), por meio de nota oficial.
Agora, ambas as categorias se reunirão ao longo desta semana para decidir se manterão ou não suas respectivas greves. A expectativa, como mostram as notas citadas, é a de que a mobilização continue.