Na quarta-feira (22), o conselho administrativo da Universidade de Harvard rejeitou a tentativa dos professores de permitir que um grupo de 13 estudantes sancionados devido à participação em protestos em defesa da Palestina recebessem seus diplomas e se formassem.
O veto foi feito pela Harvard Corporation contra à decisão da Faculdade de Artes e Ciências (FAS). A FAS votou na segunda-feira (20) para recomendar que os 13 estudantes sancionados pudessem receber seus diplomas e se formar, apesar de suas violações disciplinares, contrariando uma decisão do conselho administrativo da universidade na semana passada.
“Porque os estudantes incluídos como resultado da emenda de segunda-feira não estão em boas condições,” escreveu a corporação em um comunicado, “não podemos votar de forma responsável para conceder-lhes diplomas neste momento.”
Cerca de 115 membros do corpo docente compareceram para votar na segunda-feira para permitir que os estudantes sancionados se formassem. O professor Steven Levitsky alertou na terça-feira (21) em uma entrevista ao Crimson que os professores poderiam se revoltar se seu voto fosse anulado.
“Eu esperaria uma rebelião dos professores, possivelmente uma rebelião contra toda a estrutura de governança, porque já há uma quantidade considerável de desconfiança em relação à Corporação, para começar,” disse Levitsky.
Harvard suspendeu na semana passada cinco estudantes e sancionou mais de 20 outros por sua participação em um acampamento em defesa da Palestina no campus, que terminou no início deste mês.