Sindicato do DF faz ato contra a política reacionária do Bradesco

Nessa quinta-feira (13), a Direção do Sindicato dos Bancários de Brasília realizou manifestação na porta e dentro da dependência do Edifício Sede do Bradesco, localizado no centro da Capital Federal, contra as medidas de reestruturação, da política de demissão em massa e fechamento de agências e dependências bancárias, arrocho salarial e também contra a política, que é um verdadeiro moedor de carne dos bancários, de atingimento de metas de venda de produtos bancários, que tem levado o trabalhador literalmente à loucura (o índice de adoecimento mental do bancário é a mais alta dentre as demais categorias). 

Além de realizar, na porta do banco, uma manifestação, de forma lúdica em alusão a um portal do inferno, já que, para o funcionário do Bradesco trabalhar nesse banco se tornou um verdadeiro sacrifício, devido à política de sugar até a última gota de sangue dos trabalhadores, cujo objetivo é única e exclusivamente a obtenção de lucro; a diretoria do sindicato se manifestou, também, dentro da agência, chamando a atenção dos funcionários e clientes sobre a política de rapina e do massacre dos trabalhadores que a direção da empresa vem sistematicamente impondo.

Recentemente, a direção do Bradesco anunciou o fechamento de mais 18 agências, sendo que nos últimos três anos a empresa já fechou 1.783 agências e 703 postos de atendimento.

Em consequência desta política predatória dos banqueiros, o Bradesco jogou no olho da rua, nesse período, cerca de 10 mil bancários, o que tem levado a um gigantesco transtorno para aqueles trabalhadores que permanecem na empresa, já que os mesmos passam a ser obrigados a dar conta do serviço chegando a trabalhar por até três funcionários, o que tem levado a um aumento exponencial da situação de adoecimento por motivo laboral na categoria, tais como LER/DORT e problemas psicológicos (depressão, ansiedade, síndrome do pânico, estafa etc.). Os banqueiros do Bradesco, além de jogar milhares de pais de família na rua da amargura, causam um gigantesco desrespeito com os seus clientes que, com o encerramento do funcionamento das agências, são obrigados a percorrer quilômetros de distância, gastando horas de viagem, para serem atendidos. Isso sem falar que, com certeza, irão se deparar com uma agência lotada que sofre com a falta de pessoal e com o aumento do número de clientes.

Nesta campanha salarial dos bancários, que tem a sua data base no mês de setembro, é preciso que as direções das entidades de luta da categoria organizem uma gigantesca reação contra a política reacionária dos banqueiros, em que algumas das reivindicações mais fundamentais a serem defendidas seja a estabilidade no emprego, não à terceirização, por mais contratações, reposição de 100% das perdas salariais, dentre outras reivindicações.