Falta d’água em São Paulo se generaliza

A cidade de Rio Claro passa por uma enorme crise de abastecimento de água. A situação é tão grave que a prefeitura autorizou o uso de poços e represas particulares para abastecimento de caminhões-pipa. Ele também dispensa licitações para obras emergenciais relacionadas à crise;

O Ribeirão Claro, que abastece a ETA 1, opera com apenas 10% de sua capacidade total, e o Rio Corumbataí, vinculado à ETA 2, está com 40% de sua capacidade, números muito abaixo do normal para o período.

O decreto permite que órgãos municipais, sob coordenação da Defesa Civil e do Daae, utilizem propriedades e estruturas particulares, como poços artesianos e represas, em situações de iminente perigo público.

Ele também autoriza a desapropriação de áreas para obras necessárias, além de permitir a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços, desde que as obras sejam concluídas em até um ano e não haja prorrogação dos contratos.

Em resposta à crise, o município implementou um racionamento de água de 12 horas, afetando 94 bairros. A interrupção do fornecimento ocorre das 6h às 18h, com reabastecimento das 18h às 6h, gerando impactos enormes para os trabalhadores.

A medida da prefeitura, um pouco mais enérgica do que o padrão, ainda passa longe da necessidade da população. O município se encontra em São Paulo, o estado mais rico do Brasil. Tamanha crise deveria ser resolvida imediatamente com uma intervenção do governo estadual e até do governo federal.

As crises que aparecem como ambientais na imprensa burguesa são, na verdade, crises neoliberais, que existem por falta de investimento. Garantir água para a população é algo básico. É necessário cortar todo pagamento da dívida pública e investir em obras em todo o Brasil para garantir energia, água, e todas as necessidades básicas para a população.