Em Assembleia Geral Extraordinária realizada em 23 de outubro, os Auditores e Técnicos Federais de Finanças e Controle decidiram ampliar a greve para três dias por semana, com 74% dos 750 participantes votando a favor. Além disso, foi aprovada a continuidade da Operação Padrão Máxima. A paralisação abrange servidores da Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tesouro Nacional, afetando setores estratégicos da administração pública, como as operações do Tesouro Direto.
A greve causa suspensões recorrentes nas operações do Tesouro Direto, que já estão gerando impactos. Na mesma data, foram publicadas dez exonerações de Auditores Federais de Finanças e Controle no Diário Oficial da União, ou seja, demissões como forma de repressão.
O Unacon Sindical denunciou a medida como uma forma de retaliação, apesar de esclarecer que as exonerações foram solicitadas pelos próprios servidores, em protesto contra a desvalorização da carreira. O sindicato afirma que: “a publicação atende ao pedido dos próprios servidores, que entregaram seus cargos em protesto contra a desvalorização da carreira. No entanto, ainda não contempla o total de 159 exonerações solicitadas e foi vista como uma forma de retaliação, já que 30% dos exonerados pertencem à mesma área e houve dispensas de servidores que estão em férias ou licença-capacitação”.
Durante a assembleia, foi apresentada uma minuta de carta dirigida ao presidente Lula, expressando o descontentamento dos servidores da CGU com as negociações conduzidas pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.