Mali amplia controle estatal sobre mineração de ouro

Brasil 247 – A mineradora canadense Barrick Gold suspendeu recentemente suas operações no Mali após o governo local apreender mais de US$ 200 milhões em estoques de ouro da empresa.

O conflito surgiu devido a desentendimentos sobre a renegociação de contratos, motivados pelas alterações no código de mineração do Mali em 2023, que visam assegurar ao governo uma maior parcela das receitas do setor. O ouro apreendido foi transportado para o Banque Malienne de Solidarité (BMS), instituição estatal na capital Bamako. A situação escalou nos últimos meses com a detenção de altos executivos da Barrick e a emissão de um mandado de prisão contra o CEO da empresa, Mark Bristow.

Enquanto a Barrick resiste às medidas do governo militar, outras empresas têm adotado uma postura mais conciliadora. O Mali tem fortalecido sua posição no setor com uma série de acordos com mineradoras internacionais.

Entre eles, destaca-se a aquisição de 20% de participação na Société des Mines de Komana, subsidiária da britânica Hummingbird Resources, responsável pela operação da mina de ouro Yanfolila. Como parte do acordo, o governo renovará as licenças de exploração para a Hummingbird, abrangendo a área de Komana.

A canadense B2Gold também aposta no Mali como peça-chave de sua estratégia. A empresa anunciou nesta segunda-feira (20) planos ambiciosos para 2025, com uma produção projetada entre 970.000 e 1.075.000 onças de ouro. A mina Fekola, localizada no país africano, será central para alcançar essa meta.

Um acordo entre a B2Gold e o governo foi firmado em setembro de 2024, consolidando o país como um destino vital para investimentos no setor, apesar das restrições impostas às empresas internacionais.

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