“A Conferência dos Comitês de Luta tem o potencial de ser um ponto de virada histórico para a luta dos trabalhadores”

Nessa quinta-feira (18), o jornal dos Comitês de Luta entrevistou Gabriel Araújo.

Araújo, uma importante figura do movimento da luta por terra, é editor da Tribuna do Movimento e do Boletim do Movimento, além de membro da Direção Nacional do Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM).

O MNLM tem um papel importantíssimo na organização da III Conferência Nacional dos Comitês de Luta. Trará centenas de companheiros de todo o País para impulsionarem não só a luta pelas reivindicações dos sem terra, mas sim de todos os oprimidos.

Confira, logo abaixo, a entrevista na íntegra:

Comitês de Luta: Para o MNLM, qual a importância de um evento como a III Conferência Nacional dos Comitês de Luta?

Gabriel Araújo: A conferência dos comitês de luta tem o potencial de ser um ponto de virada histórico para a luta dos trabalhadores, pois busca quebrar a paralisia das organizações dos trabalhadores para que nossas reivindicações avancem por meio de um processo autêntico, que só pode ser construído e efetivado com a mobilização do povo explorado e excluído.

Comitês de Luta: Como vocês estão se preparando para participar da Conferência?

Gabriel Araújo: Estamos dialogando com as direções estaduais para se somarem nas caravanas. Nossa principal delegação será dos companheiros da Cidade Ocidental-GO no entorno de Brasília.

Comitês de Luta: Que reivindicações vocês levarão para a discussão no evento?

Gabriel Araújo: Estamos em um processo permanente de mobilização, com a Jornada Nacional de Luta pela Moradia. Vamos levar as reivindicações principais que nossas mobilizações estão levantando, que são: mais recursos para o Minha Casa Minha Vida-Entidades; um programa de regularização fundiária plena, que exproprie terrenos e imóveis que não cumprem sua função social, que leve urbanização e que impeça o despejo de famílias ameaçadas; mais participação popular nas decisões políticas; revogação das privatizações e das reformas neoliberais do golpe de 2016.