O desleixo da direção da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) com as condições de vida dos trabalhadores e moradores da cidade de Volta Redonda (RJ) levou a uma manifestação no último dia 23, com a presença de mais de 500 pessoas. Os manifestantes reclamam da falta de manejo com os resíduos por parte da CSN, responsável por espalhar toneladas de pó preto por toda a cidade.
Anteriormente, a ex-estatal, agora comandada por Benjamin Steinbruch, tentou impedir a realização da manifestação, sob a alegação de que os ativistas estavam planejando atos de vandalismo e outras mentiras do gênero.
Despolitizando totalmente o que está em jogo em Volta Redonda, setores da esquerda pequeno-burguesa apresentam a manifestação como uma luta “contra a poluição”, o que é apenas uma parte do problema enfrentado pelos trabalhadores da “Cidade do Aço”.
Desde a privatização da empresa, em 1993, os acidentes de trabalho com morte chegam às centenas, o número de trabalhadores caiu de 27 mil para menos de 9 mil operários e os metalúrgicos de Volta Redonda são os mais mal-pagos de todo o País.
Para impulsionar uma luta que supere o besteirol de “contra a poluição” e mobilize a população da cidade, é preciso fortalecer os Comitês de Luta, organizando atividades nos bairros operários, entre os trabalhadores e a juventude.