Aação do último sábado (07/10) do Hamas, organização armada dos palestinos, já pode ser considerada um dos acontecimentos mais espetaculares deste século, sem sombra de dúvidas. Independentemente do desfecho deste conflito, a verdade é que o Hamas conseguiu colocar as forças imperialistas de Israel de joelhos, em uma ação jamais vista na luta palestina.
Já são contabilizados mais de mil mortos no conflito, e não é difícil verificar ao redor do mundo o festejo e a solidariedade ao Hamas e ao povo palestino, povo martirizado por décadas pelo imperialismo norte-americano.
Também é fácil notar a hipocrisia gigantesca da imprensa, que se cala diante do martírio diário dos palestinos, e, quando estes resolvem reagir, são tachados de terroristas cruéis.
Fato é que os integrantes do Hamas, conseguiram realizar pelo menos dois feitos históricos. O primeiro deles é impor uma derrota ao exército israelense, feito atingido, antes, somente pela OLP (Organização Para a Libertação da Palestina), através de Yasser Arafat, que depois se tornou chefe da autoridade palestina. O segundo, foi a inédita invasão do Estado de israel.
As declarações de apoio ao Hamas são para lá da casa da centena. O próprio PCO, por seu presidente, Rui Costa Pimenta, afirmou que ele e seus militantes estão “1000% com o Hamas”. Sendo que até países e outras organizações, como o Hezbollah, já mostraram que estão dispostas a ajudar na defesa da causa palestina.
O Irã, por seu meio do porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Nasser Kanaani afirmou que “a operação de hoje é um ponto de virada no processo de resistência armada do povo palestino contra os sionistas. Por outras palavras, esta operação abriu um novo capítulo no domínio da resistência e das operações armadas contra os ocupantes. (…) Esperamos que o movimento de resistência consiga obter mais vitórias no caminho para a libertação da Palestina e a realização das aspirações do povo palestino”. O povo iraniano também celebrou a ação do Hamas.
Já o grupo libanês, Hezbolah, declarou que “a vontade do povo palestino e o fuzil da resistência são a única alternativa para enfrentar a ocupação”, tendo ele mesmo feito ataques contra Israel em solidariedade ao Hamas.
A Fepal (Federação Árabe Palestina do Brasil) emitiu nota oficial na qual reivindica o direito de autodefesa dos palestinos: “reiteramos o direto à autodefesa do povo palestino e pedimos ao mundo que pare a máquina de guerra de ‘israel’ imediatamente”.
Milhares de pessoas saíram às ruas nos países árabes para apoiar a ação dos palestinos.
A derrota de Israel, um Estado artificial montado pelo imperialismo para dominar a região, fazendo isso à custa do massacre de décadas dos palestinos, é a vitória de todos os povos oprimidos do mundo.