Nessa quarta-feira (06), Dias Toffoli, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), anulou todas as provas obtidas por meio do acordo de leniência da construtora Odebrecht e dos sistemas de propina da empresa. Ao declarar que as evidências são imprestáveis, o magistrado afirmou que a prisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi “um dos maiores erros judiciários da história do País”.
“Pela gravidade das situações estarrecedoras postas nestes autos, somadas a outras tantas decisões exaradas pelo STF e também tornadas públicas e notórias, já seria possível, simplesmente, concluir que a prisão do reclamante, Luiz Inácio Lula da Silva, até poder-se-ia chamar de um dos maiores erros judiciários da história do país. Mas, na verdade, foi muito pior. Tratou-se de uma armação fruto de um projeto de poder de determinados agentes públicos em seu objetivo de conquista do Estado por meios aparentemente legais, mas com métodos e ações contra legem”, afirmou o ministro.
Deve ficar claro que a decisão de Toffoli serve, principalmente, para limpar a sua própria barra. Afinal, durante a operação farsa da Lava Jato, o ministro apoiou as arbitrariedades que hoje ele considera como erradas. Não podemos esquecer que foi Toffoli, por exemplo, que impediu Lula de comparecer ao enterro de seu irmão.
De qualquer forma, sua decisão levanta denúncias importantes acerca da Lava Jato. Ele afirma, por exemplo, que os acordos de leniência agora anulados “destruíram tecnologias nacionais, empresas, empregos e patrimônios públicos e privados”.
A consideração é correta, a operação da dupla Moro e Dallagnol acabou com o desenvolvimento nacional, destruindo setores fundamentais da economia brasileira em prol dos interesses dos Estados Unidos. Tanto é que, tempos depois, foi comprovado que a CIA, principalmente, coordenou as condenações da Lava Jato.
Foi uma verdadeira operação lesa-pátria. Cada vez mais, surgem provas de como a Lava Jato foi uma completa farsa, montada para atacar os direitos dos trabalhadores brasileiros.