Na última terça-feira (23), dezenas de milhares de estudantes universitários argentinos tomaram as ruas do país para protestar contra os ataques mais recentes do governo golpista de Javier Milei contra a população. Dessa vez, as manifestações se opuseram ao corte de verbas anunciado para as universidades públicas.
Estudantes das 57 universidades nacionais, geridas pelos estados, participaram das manifestações. Os atos, convocados “em defesa do ensino universitário público e gratuito”, contaram com a participação, além dos alunos, de ex-alunos e professores. Estes, por sua vez, acompanharam a mobilização por meio de uma paralisação.
Em Buenos Aires, capital da Argentina, os protestos foram os maiores. Lá, manifestantes se reuniram ao redor dos campi das 13 faculdades da Universidade de Buenos Aires (UBA), marchando, então, rumo à Praça de Maio.
A UBA, inclusive, registra que esta teria sido a maior manifestação desde que Milei tomou o poder, contando com ao menos 500.000 pessoas. O governo argentino, por outro lado, afirma que pelo menos 150.000 manifestantes estiveram presentes. Segundo testemunhas, ao longo da marcha, os manifestantes ergueram faixas que diziam “defendam as universidades públicas”, “estudar é um direito”, “aumentem o orçamento, abaixo o plano de Milei”, entre outras.