Brasil condena ocupação militar em campos de refugiados palestinos

Brasil 247 Por meio de comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro manifesta forte preocupação com a intensificação das operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, nas últimas semanas. O Brasil também condena o recente uso de tanques e a ocupação militar dessas áreas.

A nota ainda repudia a remoção forçada de aproximadamente 40 mil moradores desses campos, ação que, segundo o governo, “viola o direito internacional e o direito internacional humanitário”.

O Brasil enfatiza a necessidade de que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) possa continuar suas atividades nesses campos, garantindo suporte à população refugiada.

“Ao recordar o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a presença israelense no território palestino ocupado, o Brasil insta Israel a suspender completamente suas operações militares na Cisjordânia”, completa o comunicado.

Confira, abaixo, o comunicado na íntegra:

Operações militares israelenses em campos de refugiados palestinos

O governo brasileiro expressa forte preocupação com a intensificação, nas últimas semanas, de operações militares israelenses nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, e condena o recente emprego de tanques e a ocupação militar. Nesse contexto, deplora a remoção forçada de cerca de 40 mil moradores daqueles campos, em violação ao direito internacional e ao direito internacional humanitário.

O Brasil sublinha, ademais, a importância de que a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos no Oriente Próximo (UNRWA) possa manter suas atividades nos campos de refugiados de Jenin, Tulkarm e Nur Al-Shams, no Norte da Cisjordânia, em benefício da população refugiada.

Ao recordar o parecer consultivo da Corte Internacional de Justiça de 19 de julho de 2024, que considerou ilícita a presença israelense no território palestino ocupado, o Brasil insta Israel a suspender completamente suas operações militares na Cisjordânia.