Segundo estimativa da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), estatal ligada ao Ministério de Minas e Energia (MME), o Brasil pode perder mais de R$3,7 trilhões até o ano de 2055 se abandonar a exploração de petróleo nos novos campos petrolíferos, incluindo os localizados na Margem Equatorial.
Dividido pela quantidade de anos, o valor corresponde a uma média de R$155 bilhões durante o período analisado, praticamente a fatia do orçamento destinado ao Bolsa Família (R$168 bilhões em 2024).
Além disso, após muitas idas e vindas do governo brasileiro, a Petrobrás anunciou que pagará os dividendos extraordinários aos acionistas da empresa, que somam mais de R$43,9 bilhões, dinheiro proveniente de uma riqueza extraída do Brasil.
Os números apresentados não deixam dúvidas da importância que tem o Brasil explorar o seu petróleo. Com uma economia atravessando mais de uma década de estagnação, o petróleo é uma alavanca para o desenvolvimento nacional fundamental ao Brasil e às massas trabalhadoras.
Jogar toda essa riqueza fora enquanto a imensa maioria do povo brasileiro sofre com a pobreza e miséria crescentes é algo que só poderia passar pela cabeça daqueles que não possuem compromisso algum com a população. Daqueles que querem, na realidade, colocar dinheiro no bolso de meia dúzia de especuladores que nem mesmo moram no Brasil.
A população, ao lado do movimento de luta dos trabalhadores, como os petroleiros (FUP), os sindicatos, a CUT e toda a esquerda, precisam se mobilizar com base em um programa próprio diante da crise e em resposta à política predatória dos especuladores que compraram a “preço de banana” as ações da Petrobrás, da mesma forma que se apoderam de boa parte do petróleo brasileiro por meio dos fajutos leilões de privatização.