Durante audiência na Corte Internacional de Justiça (CIJ), em Haia, na Holanda, o governo brasileiro denunciou que “Israel” está invadindo os territórios palestinos. A delegação do Itamaraty, chefiada pela diplomata Maria Clara Paula de Tusco, disse que as ocupações e violações feitas pelo Estado sionista “não podem ser aceitas ou normalizadas pela comunidade internacional”.
“O Brasil espera que o tribunal reafirme que a ocupação israelense dos territórios palestinos é ilegal e viola obrigações internacionais por meio de uma série de ações e omissões de Israel”, afirmou Tusco, chefe da divisão da Organização das Nações Unidas (ONU) no Ministério das Relações Exteriores do Brasil.
O governo brasileiro ainda afirmou que os atos israelenses contra o povo palestino são “ilegais” e equivalem, inclusive, a uma “anexação”. “Israel deve colocar fim à ocupação da Palestina […] A ocupação viola o direito do povo palestino por autodeterminação”, afirmou o governo.
As declarações da delegação brasileira foram feitas após a CIJ permitir que governo interessados se expressassem, defendendo os palestinos ou os sionistas, antes de pronunciamento de juízes internacionais sobre o conflito. Além do Brasil, outros 53 governos se inscreveram.