Carta: aposentada da Petrobrás denuncia efeitos da privatização

Rio de Janeiro - Edifício sede da Petrobras no Centro do Rio. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Ana Luisa é aposentada pela Petrobrás. Nessa terça-feira (30), participou do ato da categoria dos petroleiros no Rio de Janeiro que, entre outras coisas, foi convocado em defesa dos chamados participantes e assistidos da Petros, a Fundação Petrobrás de Seguridade Social. Ana enviou ao Diário Causa Operária (DCO), por meio de uma mensagem escrita, um texto de denúncia, demonstrando os efeitos nefastos da privatização do que é uma das empresas mais importantes de todo o Brasil.

Confira, na íntegra, a mensagem de Ana logo abaixo:

Reestatizar o que foi privatizado! Fim do programa de equacionamento! Fim das perdas dos direitos!

A Petrobras é uma empresa brasileira, fundada em 1953, que hoje tem cerca de 49 mil empregados admitidos. Estes empregados são selecionados a partir de concurso público, têm certa estabilidade e algumas vantagens como plano de carreira, plano de saúde e plano de aposentadoria. Os empregados, quando na ativa, contribuem mensalmente para a Petros, que é o fundo de previdência que complementa a aposentadoria. A Petros, que foi fundada pela Petrobras em 1970, hoje administra planos também para outras empresas.

A Petros tem em suas mãos valores muito elevados, mas sua administração tem sido questionável, a ponto de terem sido criados planos de equacionamento de dívida e o pagamento tem sido repassado para empregado da ativa e o aposentado. E a Petrobras tem representante na direção da Petros.

Também, a Petrobras diminuiu significativamente sua parte na contribuição para o plano Petros e para os planos de saúde, para viabilizar a privatização.

Com isso tudo, o aposentado está fazendo dívidas e o plano de saúde ficou impagável. Ou seja, o sonho em ter uma aposentadoria um pouco mais confortável virou um pesadelo. Tem petroleiro muito mal, precisando de cesta básica.

Essa manifestação reivindica a intervenção da Petrobras para resolver esses problemas que ela própria criou para facilitar sua privatização.

As bandeiras são o fim do programa de equacionamento e fim das perdas dos direitos, e a principal: reestatizar o que foi privatizado!

Fonte: Diário Causa Operária (DCO)