Nessa quarta-feira (19), a Comissão de Educação do Senado Federal aprovou o chamado novo ensino médio. Agora, o PL 5.230/2023, que estabelece as mudanças, irá para o plenário da Casa com urgência, podendo ser votado em breve. Depois, deve retornar à Câmara dos Deputados se sofrer alterações por parte dos senadores.
A imprensa burguesa afirma que Dorinha Seabra (União Brasil-TO), relatora da proposta, teria fechado um acordo com Camilo Santana, ministro da Educação, para retomar as 2.400 horas para formação geral básica no ensino médio, com as disciplinas básicas como matemática e português. As alterações também preveem que, para o ensino profissionalizante, a carga comum cai para 2.200 horas, restando 800 horas para aulas específicas dos cursos técnicos.
Seabra também propôs que seja instituída a obrigatoriedade do ensino de espanhol no ensino médio:
“Tal inclusão, demandada por diferentes atores do cenário educacional e de relações internacionais do país, promove a integração na América Latina, que de forma preponderante se utiliza do idioma de Cervantes (língua espanhola)”, afirmou a senadora em parecer.
Estudante é detido durante votação
Ainda na quarta-feira (19), a Polícia Legislativa do Senado Federal deteve um dirigente do DCE da Universidade de Brasília (UnB). Estudantes estavam se manifestando contra o novo ensino médio durante a votação do projeto na Comissão de Educação.
Em nota, o DCE afirmou:
“Achamos que não tem cabimento um estudante membro do DCE da Universidade de Brasília ser agredido e preso na dita casa do povo por se manifestar contra o novo ensino médio. Na nossa opinião o novo ensino médio precisa ser revogado completamente pois a forma que ele é feito e pensando afasta os estudantes pobres das universidades e impede esses estudantes de se formarem criticamente enquanto cidadãos.”