CPI do MST: movimento continua sob ameaça

Nos últimos dias, o clima na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST continua completamente caótico. As sessões parecem um verdadeiro show, com um “bate boca” generalizado entre parlamentares da direita e da esquerda.

Na noite de ontem (31), por exemplo, Ronaldo Caiado, governador do Goiás, esteve presente na CPI como convidado. Ele chamou o MST de “organização criminosa”, uma colocação típica de um dos principais representantes do latifúndio no País. Contra isso, um deputado da esquerda enfrentou o governador, iniciando um longo período de gritaria.

Deve ficar claro que esse tipo de coisa não faz avançar em nada a luta dos sem terra. É importante denunciar a demagogia da direita, mas tanto a esquerda não está discutindo o que de fato importa na CPI, quanto é ineficiente combater a extrema-direita no Parlamento.

A CPI do MST precisa de uma resposta nas ruas. Toda a esquerda e, em especial, o próprio Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, precisa convocar os trabalhadores da cidade e do campo para defender a luta pela terra. Essa, sim, é a maneira mais correta de combater a direita que quer colocar o MST na ilegalidade e perseguir categoricamente os seus membros.