Poucas semanas após conseguir a libertação do cárcere, o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha, se vê às voltas com nova ameaça vindo da direita. Isso porque a CPI do MST intimou o dirigente do movimento camponês a uma oitiva, marcada para o próximo dia 3 de agosto.
Como Rainha encontra-se em liberdade condicional e responde criminalmente por questões às quais será interrogado na qualidade de testemunha, há o temor de que a oitiva seja uma armadilha para levá-lo de volta à prisão.
Para evitar isso, os advogados de Rainha pedem que seja concedido ao dirigente o direito de manter-se em silêncio durante a CPI. É pouco provável que o STF, órgão a quem os advogados de José Rainha dirigiram a petição, vá conceder qualquer benefício ao líder camponês sem que haja pressão das ruas, razão pela qual se torna imprescindível que o pedido seja acompanhado de uma ampla mobilização contra a perseguição aos movimentos sociais, à luta pela terra e contra a prisão de seus dirigentes.