Em um incremento na ação de intimidação dos movimentos de luta pela terra, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MST convocou nesta quinta-feira (3) o líder da Frente Nacional de Lutas Campo e Cidade (FNL), José Rainha, que recentemente fora posto em liberdade provisória, mas ainda responde a inquérito. Devido ao processo em andamento e temendo ser preso novamente por algo dito na CPI, o dirigente do movimento camponês solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que não fosse obrigado a comparecer, o que foi negado.
Controlada por parlamentares bolsonaristas e representantes dos latifundiários, a CPI é parte de um movimento antigo no País, que busca criminalizar o elo mais fraco da luta pela terra e dos movimentos sociais em geral. Ante a radicalização dos direitistas, é preciso que os comitês de luta próximos aos movimentos camponeses e de indígenas aumentem a pressão pelo lado esquerdo. Os movimentos do Congresso (por meio da CPI) e do Judiciário (como visto na decisão do STF) são a comprovação de que a mobilização popular é o único caminho seguro para a esquerda e a população conquistar terra, direitos e o atendimento de suas demais necessidades.