A categoria bancária vem sofrendo os efeitos da política reacionária dos banqueiros, que vêm passando sistematicamente o facão no pescoço da categoria e jogando no olho da rua milhares de pais de famílias todos os anos para satisfazer os seus apetites por lucros.
Uma nova pesquisa divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), baseada nos dados do Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) do Ministério do Trabalho, revela, mais uma vez, os milhares de postos de trabalho eliminados ao longo dos últimos 12 meses. Segundo os dados, foram 4.171 postos de trabalho bancários que deixaram de existir definitivamente nos bancos.
Esse número não é uma novidade no setor bancário, e vêm se repetindo sistematicamente nos últimos anos devido à política dos banqueiros sanguessugas de fechamento de centenas de agências e departamentos bancários, de terceirização, arrocho salarial etc.
Outro dado da pesquisa que chama atenção, que caracteriza bem o processo de superexploração dos banqueiros aos trabalhadores, são os números de admissões X demissões ao longo dos últimos 12 meses.
Em um ano, os bancos demitiram 41.748 bancários e contrataram 37.577, o que acarretou os 4.171 fechamentos de postos de trabalho, mas, o que a imprensa venal não divulga, é uma jogada antiga dos banqueiros em relação às novas contratações em substituição aos antigos funcionários: a média salarial dos antigos bancários gira em torno de R$12 mil, enquanto os novos funcionários recebem a metade desse valor, cerca de R$6 mil.
As demissões em massa de trabalhadores pelos banqueiros não deixa dúvida que é parte da sua política de aumentar os seus lucros seja o que custar, nem que seja às custas da miséria do trabalhador. Além disso, as demissões também vão no sentido de impor o arrocho salarial e a superexploração daqueles que permanecem nos bancos. Hoje, o bancário executa o serviço de três ou mais trabalhadores por falta de pessoal nos setores de trabalho.
A categoria bancária já se prepara para a sua Campanha Salarial, cuja data base é em setembro; em junho já começam a ser realizados os Congressos dos Trabalhadores Bancários, onde serão discutidas e aprovadas a pauta a ser levadas às mesas de negociações com os banqueiros. É de fundamental importância que uma das principais bandeiras seja a luta pela estabilidade no emprego e mais contratações de trabalhadores bancários, bem como dizer um sonoro não à terceirização.