Trabalhadores da Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) denunciam estar sobrecarregados no desempenho de suas atividades laborais, situação oriunda da redução do quadro efetivo de funcionários da empresa e também do descaso da direção da companhia com as condições de trabalho dos operários. No CDD Vergueiro, em São Paulo, o trabalho ocorre no 1º andar do prédio, mas o equipamento para subir a carga do térreo está quebrado há muito tempo.
Os ecetistas terminam sendo obrigados a subirem com a carga nos braços e na cabeça, grandes volumes que acabam com a coluna, os joelhos e demais articulações, entre outros problemas de saúde acarretados. O adoecimento já atinge muitos da categoria, porém a direção da ECT fecha os olhos para os transtornos.
A defasagem de trabalhadores nos Correios e as péssimas instalações têm sido a tônica da direção de uma das maiores empresas do País. A partir de 2016, com o golpe de Estado e a ascensão dos governos golpistas de Michel Temer (MDB) de Jair Bolsonaro (PL), as mudanças implementadas tiveram sempre o objetivo de sucatear os Correios por completo.
Dentro dessa situação, a terceirização se tornou a principal política da direção golpista da empresa. Porém, os sindicalistas pelegos do Sintect-SP, ligada à CTB (central de brinquedo do PCdoB), deixaram os ataques às condições de trabalho correrem solto, como sempre fizeram em relação à luta dos trabalhadores dos Correios. Fecharam as portas do sindicato na pandemia e assim permanecem até os dias de hoje, um total descaso, que permite um agravamento ainda maior de uma situação já horrível.
Há uma necessidade imediata de organização dos trabalhadores para exigir da direção dos Correios, bem como do governo federal, imediata abertura de concursos públicos e pronta admissão. Além disso, melhores condições de trabalho como a redução da carga horária semanal e melhores equipamentos para todos os ecetistas.