Em meio ao G20, manifestantes protestam contra genocídio em Gaza

Nesta quinta-feira (22), um grupo de manifestantes se reuniu na capital do Rio de Janeiro para demonstrar seu apoio ao povo palestino. O protesto contra o genocídio na Faixa de Gaza, que teve início às 10h e foi convocado pelos Comitês de Luta, teve sua concentração em um local próximo ao prédio onde ocorria a reunião do G20.

Formado pelas 19 maiores economias do mundo, além da União Europeia e a União Africana, o G20 reúne tanto autoridades de países atrasados com importância na política mundial, como Brasil, Rússia, Turquia e China, como também os países imperialistas, como Estados Unidos, França, Reino Unido, Japão e Alemanha. O objetivo dos manifestantes em convocar um ato público enquanto acontecia a reunião não era, portanto, protestar contra a reunião em si, mas sim contra os representantes dos países imperialistas, que são os grandes apoiadores de “Israel” em seu morticínio contra o povo palestino.

A manifestação ocorreu no embalo das declarações recentes do presidente Lula, que acabaram servindo de pretexto para que “Israel”, a oposição bolsonarista e a grande imprensa voltassem suas baterias contra o governo brasileiro. Em visita recente à Etiópia, Lula comparou os crimes de guerra de “Israel” aos da Alemanha Nazista durante a Segunda Guerra Mundial – comparação essa que já havia sido feita por outras lideranças importantes, como Vladimir Putin. Em reação à fala de Lula, o governo israelense declarou o presidente brasileiro persona non grata, enquanto mais de 130 deputados bolsonaristas subscreveram um pedido de impeachment.

A manifestação na capital carioca contou com militantes do Partido da Causa Operária (PCO) e do Partido dos Trabalhadores (PT), bem como ativistas dos Comitês de Luta. Uma caravana de manifestantes veio diretamente de São Paulo para o ato em apoio à Palestina.

“Viemos aqui para o Rio de Janeiro para protestar em frente aos chanceleres, eles que são a favor da matança das crianças na Palestina. Nós não podemos permitir isso, quem está vivo, tem que lutar”, disse Neide Orlandi, militante do PCO em Embu das Artes, São Paulo. Orlandi considera que o ato é muito importante: “vai chamar atenção”, afirmou.

Por volta do meio-dia, teve início a passeata. Erguendo bandeiras da Palestina, do Iêmen, do Irã e de várias das organizações da resistência palestina, incluindo o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas, na sigla em árabe), os manifestantes gritaram palavras de ordem contra o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que veio para o encontro do G20, bem como contra o Estado de “Israel” e em apoio à luta dos palestinos.

Antonio Carlos Silva, membro da Direção Nacional do PCO e da Coordenação Nacional dos Comitês de Luta, destacou a importância da mobilização contra o sionismo e lembrou que, no dia 24 de fevereiro, acontecerá um novo ato contra o genocídio do povo palestino. Desta vez, o ato acontecerá em São Paulo, na Avenida Paulista, em frente ao Masp.